domingo, 11 de abril de 2010

Um pouco de nada e o resto de tudo...




Um pouco de nada e o resto de tudo...
É o que sobrou, memórias vivas e ilusão.
A voz de um poeta morto, canções de amor de um momento triste.


Um pouco do nada e o que restou de tudo...
É o que se tem, é o que se pode ter depois de tudo que aconteceu.
A música funciona como um gatilho para as lembranças.


Um pouco do nada e o que restou de tudo...
Só lembranças, momentos estranhos e a velha tristeza.
Quando a mente viaja mais do que qualquer corpo, além do espaço/tempo.


Um pouco de nada é o que sempre sobra depois de tudo.
Saudosos fantasmas que voltam e assombram, o passado que vive sempre no presente.
E aquele velho poeta, morto e cantando sobre esses momentos.


De nada, só um pouco, sobrou quase tudo...
Aquela voz, aquelas imagens, aquele futuro, aqueles planos.
O que faltou foi um pouco da perfeição: a perfeição das histórias com final feliz.
Como uma histórias feliz, que se mente para ter o final ideal.


Que nada, nada demais;
As canções, a vida, os desígnios, as metas.
A alma gemêa se desprende com uma operação cirúrgica lenta e perigosa.
Os  momentos passados são vivos e dolorosos.
Mais forte que qualquer golpe, mais forte que qualquer força física.


Depois de tudo, quase nada...
É bom lembrar, melhor do que estar vazio.
Melhor lembrar, para saber do que sente mais saudade.
A memória serve apenas para servir a realidade dos bons sabores do passado.


Não tem porque brigar, não tem porque discutir.
As lutas já tiveram propósito, as razões pareciam mais lógicas.
O que falta é entender, o que falta é a amnésia.
O que sobra é quase nada, mas só um pouco de tudo que foi vivido.


Tantos amores, tantas caminhos , tantas lutas....
O mundo gira apesar de você não querer.
A chuva cai apesar de você odiar.
A vida segue apesar de você sempre lembrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário