sexta-feira, 22 de maio de 2015

Drogas Que Suportam

Vai precisar de muito Prozac para poder sustentar esses pesos. Anabolizante no cérebro para aguentar a controvertida existência no qual estamos presos. Teria que ter mais Soma nos reservatórios de água, para tragar toda essa dor e engolir a labuta.

Sem se engasgar com os absurdos em ser apenas mais no cotidiano de luta. Querem que eu beba todas as vodkas, as pingas e as cervejas dos botecos da vida para poder consumir o mundo que me consome.
Preciso fumar todo ópio e toda maconha dos plantation do mundo, para ver sumir na fumaça toda a angústia que me devora e que nunca finda a fome.

Cheirar todo pó que vendem nos morros esquecidos da miséria esquecida pela sociedade em cada favela,
Injetar na veia esse veneno que me mata lenta e silenciosamente, para cada morto na esquina, por overdose, só galinha de macumba e vela.

Um pouco de estricnina no vinho após o almoço para ajudar na digestão e matar o ócio. Mata tudo, a inveja, a indignação, a solidão sólida como um monólito que esculpem seus suplícios.
Solidão que persiste em multidões. Calor humano capaz de fazer o diabo passar calor mas que não derrete, gélido como o vazio do universo, esses pobres corações.

Altere o valor do zero absoluto na escala Fahrenheit. É preciso calcular qual é a temperatura exata que se encontra o coração dessa humanidade desumana.
Na urina vai mijando sangue. É efeito da tristeza, engarrafada, que faz a vida passar mais rápido nessa vida inumana.
Chá de bateria de carro. Cachimbo feito com lata de refrigerante queima a pedra. Queima a vida; Queima a alma. Queima o mundo. Queima a evolução na loucura da pedra.

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