quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Adorável e Horripilante.



Um País maravilhoso e horripilante ao mesmo tempo. Pessoas amáveis e inescrupulosas. “Jeitinho” e solidariedade. Quem ganha essa batalha injusta? O abismo social e suas diferenças estão enraizados no ideológico dos que moram no país, a ponto de mesmo sofrendo dos males que acontecem, é capaz de defender esses males (não pra si, mas outrem, e algumas vezes até para si mesmo, como sinal de recompensa divina ou martírio qualquer)! 

O sentimento que flui pelos axônios e pelos neurônios é de indiferença que surta com resquícios de amor ao próximo. Para quem acredita ou não no fim do mundo, apenas abra os olhos e perceba que a humanidade morreu faz séculos como conceito, e aqueles que se tornaram sobreviventes com esse conceito em mente, estão sofrendo moribundos! 

O maniqueísmo vive no imaginário popular que acredita em anjos e demônios, em pessoas completamente ruins ou quase santas. A dualidade de emoções entra em conflito com o ego. O ego cisma com a realidade encontrando desvios para o que é; os sonhos e idealizações surreais se tornam a janela para fora de si, para fora de tudo que se sabe e se vive. O paradoxo ideológico está por ai, contaminado pelas redes de Tv e jornais sensacionalistas. Pobre de direita e rico de esquerda se digladiam em redes sociais, em uma revolução comoda sentado no sofá, pois a mudança é conceitual e tudo mudará como passe de mágica.

Em algum ponto o ser não mais se satisfaz, apesar de tudo que absorve, de tudo que obtém nada mais o satisfaz, pois a necessidade de algo novo se torna constante. Os bens materiais nunca bastam, pois sempre há mais a conquistar. Sempre existe um algo a mais que o impulsiona, auxiliado pela fé de que algo existencialmente faça sentido de acordo com o funcionamento semi-racional dos seus pensamentos.  A essência segue viva e inconstante no meio de todos, convivendo com uma ideologia contraditória que só tem sentido no âmago de suas pretensões.


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