domingo, 13 de março de 2011

Nosso tempo e nós.


“5 minutos, é o necessário para se perder desde um ônibus a todo sentido da vida. Momento efêmero que se passa. É o momento do tudo e do nada. É apenas um momento.”

Preso nesse calabouço, no alto dessa torre. Trancou-se e engoliu a chave. Sozinho em meio a multidões, o pânico se instaura em não poder se comunicar nessa terra de estranhos, com seus rostos estranhos e suas conversar fora do seu foco.

“4 minutos, foi o tempo necessário para tudo acabar. Há muito o que se fazer, e o tempo nunca é suficiente. Houvesse o estampido, um cheiro de pólvora, gosto de sangue. Por minutos. O tempo não reflete nossa angustia.”

Tantos assuntos e nenhum lhe interessa. A cama está cada vez mais vazia. Esse silêncio todo incomoda, ainda sim, vive e anda no meio dessa multidão. Calados e apressados. O mundo gira apesar de suas preocupações.

“3 minutos é o tempo necessário para tomar a decisão. Toda a concepção de sua vida mudará após esse ato, um mundo inteiro de opções se abre para você, e você tem apenas alguns instantes para escolher e resolver o que ser e sentir."

Preso. Está preso por vontade própria em um reino tão vasto. Não existe rosto amigo nessa imensidão. Todos são párias que idolatram o momento.

"2 minutos, a escolhas são a cada instante. O tempo de parar para pensar é curto, e ações a serem tomadas são imediatas. O Tempo necessário para acabar mudando a rota do seu rio."

Mundos separados por conexões virtuais. Vontades guardadas a sete chaves. Sofrimento bate a porta com a recordação do amor perdido. As variações não se modificam mais; se tornaram constantes. Perigo constante. Nada será como foi ou como deseja que seja.

"1 minuto, um leve suspiro, perdido no meio do tempo entre o agora e o nunca. A idade é apenas uma referência cronológica, a maturidade vem independente dela."

Parece desnorteada, os quadros na parede trazem lembranças que a fazem sofrer. Parece triste, aqueles que deveriam estar ao seu lado, esqueceram-se de perguntar "você quer ir conosco?". A memória parece ser uma criatura ingrata, remoendo seu amago e se alimentando de todos os momentos bons que agora se tornam lembranças tristes.

"30 segundos, para tudo que se foi, para todos que não estão aqui, foi necessário apenas um momento, um risco no tempo, um lapso na vida. O minuto entre o tudo e o nada. A vida e a morte"

Não importa mais sentir, o que passou não pode voltar. Não precisa esconder o esqueleto no armário. As mesmas perguntas sempre retornam em diversos momentos da vida. Basta encarar a situação contornando-a da melhor maneira possível. Não ha teatro em cena. Não há vampiros sedentos por sangue. Apenas o "não", e o vazio que o precede. Apenas a sensação, de que tudo está vazio de forma irremediável.

“Agora, já passou. Foi o tempo perdido. Nada será com foi. Só esse momento é o que podemos usar. Só essa vida que nos sobra. Mais alguns segundos e tudo mais restarão mudados.
Enfim, será o começo de tudo...."

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