domingo, 8 de maio de 2016

A Melhor Mãe do Mundo


Minha mãe não é a melhor mãe do mundo. Nem a sua é. 
Ela não dormiu de preocupação por febres, dores e choros que tive. Não só por mim, mas também por meus irmãos. 
Passou necessidade para prover alimento a cria. Teve que se submeter a humilhações para sobreviver e cuidar da filha. Passou por tudo com um instinto natural, como uma tigreza que cuida de seus filhotes.

Mas ela não é melhor mãe do mundo. Nem a sua é. 
Não importa quantos dias ela chorou por você. De todas as precauções que ela tem em vida pensando em você, mesmo já sendo adulto e ter constituído família. A preocupação com a cria dela só se encerra no fim da vida e talvez se prolongue de forma transcendental. 

O título de mãe implícita um empate técnico entre todas as que existem. E se você que lê, se tornar uma mãe, estará também nesse empate técnico. Não há troféus. Não há medalhas. Há muita dedicação, sofrimento, renúncias, dores por empatia. Todavia, a natureza que espalha na maioria dos seres vivos essa capacidade de se tornarem "mães", acabou criando (sabiamente) uma força própria dela. 

A perpetuação da espécie em forma de amor incondicional. Não há melhor mãe do mundo. A definição de "mãe" já está inclusa algo imensurável. 
A todas as mães que não precisam de medalhas, pois elas sabem por tudo que passaram (e passam), como discussões inócuas com os filhos adolescentes e os problemas eternos que esse pedaço delas trazem. E por mais contraditório que seja, nenhuma é, unicamente, a melhor mãe do mundo, mas todas são. Elas são.

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