terça-feira, 6 de outubro de 2015

Fazenda dos Animais

No Desejo de felicidade, daqueles lindos pastos com todos felizes e sorridentes brincando de ciranda ao ar livre.
Da utopia e das revoluções ideais que sempre falam... Não acredito em nada.
Nem mesmo na opinião verdadeira de certas pessoas. Animais piores do que eu; aqueles que se devoram ainda vivos. Sociedade canalha e antropofágica.
Sem remorso e de falsa moral. Vejo como se esconde por detrás das orações. Do falso pudor, do medo da punição. Animais tão ruins quanto eu;
Sei meus podres e minha incapacidade, e o que me dói mais é ver a arma engatilhada e a pessoa desumanizada como coisa que é. Dói-me é ter um pouco de sentimento nesse corpo sem trato.

Aguarde com o coração raivoso. Guarde-o para não se machucar. Nesse mundo onde tudo que é errado vigora, estar minimamente certo é uma temeridade. O melhor é errar junto nessa festa nefasta indo direto ao desfiladeiro da distopia.
Os juízes caolhos que pregam a justiça parcial. Os analfabetos políticos e suas fúrias na rede. As negociatas e dívidas perdoadas pelos bilionários estelionatários.
São bandidos melhorados. Diferente do "vagabundo" que te coagiu com arma na mão, ou pulou o  muro da sua casa para levar a TV.

O "vagabundo" elitizado usa terno Armani e camisa de seda. Desvia milhões a bilhões por se achar melhor, por achar que é assim é justo e dissemina sua moral como se fosse uma pessoa ilibada. "Não pagar impostos é legítima defesa", diz o imoral e seus puxa-sacos.

E se imagina viver em um lugar utópico, sem governo e sem gastos públicos. Onde os hospitais possuem potes de ouro no final do arco-íris, as escolas são levantadas por fadas e os professores trabalham apenas para afastar o ócio, gratuitamente como todos os demais funcionários públicos.

Sem falar que acordou numa manhã que toda a história do país se apagou. Foi zerada toda a miséria e abismo social inerente após séculos de má-formação. Desde o Egito Antigo, passando pela Macedônia, a república Ateniense até a revolução francesa, todos os governos viveram de magia para tratar de custos públicos.

Alquimia criando ouro! Vivemos em uma sociedade tecnocrata, logo todos seremos trocados por robôs ávidos pelo trabalho. O que gerará seu lucro?
  

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