segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Seu Nada e o complexo da vida e morte.



Seu nada, a algum tempo atrás se percebeu morto. Seu corpo era vivo, mas aquele símbolo dos românticos que outrora se atribuía os sentimentos, agora se restringia apenas a bombear sangue venoso e arterial. Sentia-se morto com o corpo ambulante, aproveitando toda a ficção em torno dos zumbis e sua fome por cérebro, na verdade, não buscava um cérebro, e sim, uma alma com pouco mais de paixão.

Até pouco tempo atrás, Seu Nada se percebeu vivo! Quem diria, um ser consciente, vivente e respirante. Percebeu não ser a pessoa mais inteligente da terra, tampouco a mais burra, talvez um pouco estranha, mas ainda percebeu que era consciente de sua existência, e de tudo que acontecia ao seu redor como um notável desconhecido testemunha da história, sem ter como interferir em acontecimentos além de suas capacidades.

Seu Nada apenas percebe seus passos, seus erros, sua vida e se indaga de como veio a existir nesse caos. Questiona como tantos vivem nesse caos de forma um tanto harmônica, achando belo aquilo que a sua cultura impõe como belo, se alimentado daquilo que sua cultura lhe diz ser bom e saudável para consumir, vivendo da mesma forma vazia e cheia de coisas para se fazer como sua cultura diz como tem que ser.

Reza para todos os deuses que sua cultura diz que nos criaram, e perto do fim, percebe que os placebos não funcionam mais, os remédios são tão úteis como se fossem feitos de farinha de trigo. Os placebos não funcionam mais e o Seu Nada, se vê vivo e morto em seus pensamentos e memórias em meio a um turbilhão de acontecimentos caóticos que se seguem em sua frente e quando ele se pergunta: Quão complexo é o fim?

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