quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Beleza Sentida.



Há beleza que é sentida, beleza que pode ser imaginada, enaltecida, vislumbrada ao horizonte, amada de forma platônica. Mas a beleza nada é mais do que um consenso social, quase uma imposição de valores: do que é bonito ou feio; bom ou ruim; certo ou errado.

Quem diz primeiramente que determinada pessoa é bonita? Antes mesmo de formamos uma opinião, carregamos conosco toda uma carga de conceitos desde crianças, imagens idealizadas de uma minoria que imagina aquilo que lhes parece ser o agradável. O hedonismo é embalado e vendido em cartazes, pôster e comerciais de TV.

Não é questão apenas de consumo e valor econômico, vender cremes e formas impossíveis para todas as pessoas. É a glorificação do ego, celebração máxima do reflexo de Dionísio para que todos possam enaltecer aquilo que é pré-definido como belo. Adônis se sentiria feio em meio a tamanha pressão sobre sua beleza.

Há padrões de beleza para diversos grupos étnicos e sociais. Há países que enaltecem mulheres acima do peso, como simbologia de saúde e fartura, assim como há culturas que enaltecem mulheres alvas com seios fartos...

Os diversos tipos de beleza são demonstrados a quem quer olhar, e a verdadeira beleza pode estar perto de nós sem mesmo sabermos, e não enxergaremos, por imposição daqueles que julgam algo bonito ou feio, insegurança por assumir uma beleza que não esteja em conformidade com a maioria, ou por se sentir se “marginalizando” por achar o belo, algo “feio”!

Além da superficialidade da pele, dos traços que cativam, também existe a beleza que poucos demonstram por medo de retaliação, de qualquer tipo de inveja frustrada. A maior beleza é aquela que poucos conseguem enxergar a olho nu a primeira vista, e essa beleza é a que perdura por mais tempo que a beleza que enxergamos sobre a pele, olhos e lindos cabelos.

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