sábado, 5 de junho de 2010

A mesma caixa invisível!



A mesma coisa, a mesma cama,
Mesma rotina, mesmo ônibus,
Mesmas ações, mesmas vozes e pensamentos.

As ações que se encontram na rotina,
As idéias que se encontram na mesma rota.
O mundo que anda no mesmo ritmo.
A mesma igreja, o mesmo mito, a mesma coisa de sempre.

A ousadia morreu algum tempo atrás,
As formas diferentes de pensar não se pronunciam mais.
A mesma rotina: acordar, se apressar para não perder o ônibus, a mesma rota de sub-existência de antes, que fora passado de pai para filho.
O mundo muda a passos curtos, a tolerância com o próximo se torna algo raro.
E tudo continua na mesma maneira.

Estamos trancados nessa caixa, de paredes invisíveis.
Cada qual possui uma caixa, sua caixa individual.
Cada qual com seu mundo, que de tão diferente se torna igual ao da maioria.
Essa caixa invisível, limitadora, que impõe o que ser e ter.
E aparentemente, o mais importante do que ser é ter.

A mesmas coisas, mesmos atos e ações.
A história muda de personagem, mas o enredo muda pouco.
O final sempre é parecido, a rota para o desfecho raramente muda.
E essa caixa, causa claustrofobia em alguns. (mesmo sendo invisível)
Essa caixa que cerca e que nos mostra até onde podemos ir.
Não existe padrão de fuga, não demonstram razão para querer sair.
Mas o mundo não parece coeso. A realidade não parece certa.

Apesar de todas as nossas imperfeições,
Mostramos-nos contentes em estarmos dentro da caixa, mesmo sem saber.
Somos limitados até o último homem, pela existência vazia que tentamos preencher com qualquer coisa que pareça fazer sentido, mesmo não sendo lógico ou vagamente real.
Somos algo que pensamos, idealizamos e que nos foi passado para ser.

Um modelo, um molde e uma cria.
O futuro parece cíclico, apesar de todas as evoluções.
E a caixa, maldita caixa invisível, parece ser inquebrável.
E sempre a mesma rotina, a mesma coisa, as mesmas igrejas e os mesmos mitos.
Limita-nos e pondo-nos em realidades convenientes, caixa maldita, quem te desenhou?
E o maior obstáculo para sair dela, somos nós mesmos.





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