sábado, 21 de abril de 2012

Universo vivo.


Imagine o universo vivo, como somos. Um corpo em crescimento, se expandindo.
Cada planeta uma organela dentro de uma célula. E essas células também podem dispor de um vírus, que para viver, precisam parasitar, precisam de sua energia e da forma como gera o alimento. ( assim como nós somos )

Imagine que esse universo não sabe de nossa existência como um todo, somos apenas um leve incomodo!
Imagine que esse universo faça parte também de algo maior e infinitesimal, o que pensar sobre isso? O que mais incomoda não é a consciência do que realmente existe, mas ter consciência. O que impera é saber que existe algo a mais. Que não somos apenas “nós”, e que a vida aparenta ser muito mais que ensinam.

Nesse ponto de vista, percebemos não a errônea visão antropocêntrica do universo, mas algo ainda mais intimo, sem se tornar extremamente egocêntrico, mas pairando sobre esse delito. Um universo particular e coletivo. Uma visão única e compartilhada. O “eu” como centro desse universo. E entre esse “eu” existem tantos “eus”, e muitas dessas visões são nubladas ou cegas.
A introspecção é esquecida ou renegada. Ha o medo do desconhecido.

Ha o medo de ver além, onde se esconde o desespero, os medos ininteligíveis, as ações primitivas do ser. A visão da realidade que se percebe pelos sentidos e passa pela recepção e adaptação dos impulsos cerebrais a tudo que é crível pela capacidade de raciocínio que possuirmos
O universo que esbarra na realidade que temos. Um universo intimo que talvez nem saiba de nossa existência Um ignorância coletiva e compartilhada. Do universo ate nós. Um universo de ignorância

Prisão dentro de nós.



Prisão dentro de nós.
Prisão ideológica. Prisão de pensamentos. Prisão de dogmas.
Prisão de carne e ossos. Presos juntos em um mundo caótico.
Existe a prisão dentro da prisão. A prisão que encarcera aqueles que vivem solto.
A prisão física que encarcera aqueles que quebram regras ou ferem pessoas.
Mas a liberdade é ilusória. Só um fragmento do que poderia ser de sua definição máxima.

Prisão dentro de nos.
Prisão por dentro da pele. Prisão dentro da mente. Prisão dentro dos vícios e medos.
Prisão que conhecemos que é feito de concreto e aço.
Prisão sem data para liberdade condicional. Sem julgamento. O habeas corpus é definitivo.

Preso, nessa pele e refém desse tato.
Preso nesse sentimento, no cárcere desse corpo. Eu. Nesse ponto de vista tão único como qualquer outro.
Eu. Preso. No mundo como ele é,da forma como quer ser. Aceitando as regras que já foram feitas a gerações. 
Condizente com tudo que já haviam dito antes. Uma prisão vitalícia, sem direito a julgamentos.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Mundo quadrado.



O mundo anda quadrado. Absurdo ortodoxo, não se permite se expressar, extravasar, se reinventar!
O mundo anda engessada, sociedade estagnada e condicionada a tudo que vem recebendo de migalhas a migalhas. Vive do conceito da imagem, do que parece ser certo. Vive de lendas e contos de fadas que regem gerações e pensamentos.

O mundo sempre foi perdido. Não existe bussola, ou GPS para se encontrar em rota. Gira sempre no mesmo eixo, não espera chegar a lugar nenhum. Conservadorismo vem até dos exaltados futuristas. Vive-se em cubos ao redor do crânio. Caixas invisíveis que limitam o pensamento. Medo de morrer e muito de viver. Visão corrompida pelo agora e prazeres imediatos.

Mundo quadrado e sem ousadia. Num inspira revolução ou evolução. Parece um doente terminal no leito do hospital, sem esperança de melhora no aguardo da Dona Morte.
Ortodoxo extremista. Vivemos em segmentos pré-definidos, onde a locomoção entre camadas se torna um trabalho Herculaniano ou talvez até um trabalho de Sísifo, onde não se encontra o resultado esperado após tanto desempenho.

Espera-se justiça após a vida na terra; é por isso que rezam tanto... seria um estrago e tanto imaginar que não existe nada após esse mundo. Seria um baque enorme para uma grande porcentagem da humanidade, imaginar que além de toda essa limitação auto imposta e toda a injustiça que se submete passivamente, não exista nada a mais a frente!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um dia sem pólvora!



Temos que amansar o espirito, trancar nossos demônios. Imagine o dia que a pólvora não sucumbira ao fogo. O salitre, enxofre e o carvão não mais se juntarão, como o crime se postará? Como os valentes irão bradar? Como a policia irá policiar?

Imagine o fantástico dia da marca zero, no qual a pólvora falhara depois de quase 2 mil anos. Balas não voarão, miolos não cairão ao chão!
Será a ascensão da granada e da micro-bomba atômica? Como iremos nos machucar, já que a preguiça não faz com que peguemos em espadas?! Imaginem o inimaginável, apenas como um delírio de uma noite de verão...

O dia que a pólvora não cortara a pele e destruirá ossos. Nobel se orgulharia! Sem chacinas eleitas por homens armados. O dia que a pólvora morreu não será reconhecido de imediato, mas será lembrado como um marco histórico, que comoverá gerações.

Sem a explosão que estilhaça vidas, homens outrora muito ferozes e corajosos, se acuam sem saber como se comportar. A balança de poder se desestabiliza e o mundo conhece novos líderes.
Seria um estranho dia, um dia de sonhos, no qual a pólvora sempre estaria úmida.

domingo, 8 de abril de 2012

Sinapses carinhosas.



Sinapse carinhosas, afagam o neurônio, se entrelaça pelo dendritos, correndo livre pelos axônios. Não se importa com a tristeza, se disfarça em falsa Alegria e sorrisos momentâneos.
Sinapses mal amadas, se vê em eterno conflito, não sabe se ama ou se odeia.

A psique não se afortuna em suas desgraças. O ego vive em conflito sem saber quem é, e o q precisa fazer. Em compasso com suas diferenças o mundo não o entende (nem mesmo ele se entende)
Próximo do precipício, as ações parecem ser extremas, a esperança algo fátuo ente um pensamento e outro.

É o caos, suas sinapse entrando em colapso. Nenhum aneurisma , nenhum surto, nenhuma psicose nada para acalantar essas sinapses pessimistas!
O surto aparece e deserda a razão. O mundo parece se desmoronar em pensamentos, nada como deveria ser, nada do que poderia ser. Nenhum tipo de Lítio pode equilibrar essa distúrbio. Não há psicose, distimia ou esquizofrenia cronica que sucumba perante os delírios de uma fluoxetina.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Vivendo de sonhos.



Vivo de sonhos, (preso em um sonho) em um ideal impossível.
Sonho acordado, onde os pesadelos também me cercam no dia a dia.
A realidade é algo que condiz com o pensamento da maioria, mas às vezes a maioria parece estar insana.
A realidade que julgam é o que vejo com meus olhos, mas quando fecho os olhos, a realidade desmorona de forma horrível.

O mundo em que vivo é uma visão Dantesca. Os piores horrores não são o que aparecem em sonhos.
Idealizo os dias, o futuro.... Um improvável amanhã. Aspirações que remetem ao impossível, como Dom Quixote e seus moinhos.
Vivo de sonhos, lamento quando acordo. Os dias passam devagar e a noite passa rápido demais.
Sonho acordado, porque a realidade se mostrou mais surrealista que meus sonhos (que pelo menos possuem finais).

As estórias mostram senso de justiça e moral do conto no final, ao contrário do que se passa em no dia a dia.
Vivo dos sonhos, para poder aspirar algo no futuro. A mente é uma armadilha, que vive querendo minar as defesas. Inimigo íntimo que sabe de todas as fraquezas.
Em algum momento do sonho, vem a pergunta:"Quando poderei acordar? Será que chegará esse dia?".