quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Com os olhos bem abertos



Estamos sonhando constantemente. Com os olhos bem abertos! No descanso do corpo o subconsciente trabalha. Trabalha com todos os impulsos que rejeitamos em nossa atenção (placas, ruídos, cenários). Nosso subconsciente trabalha para que possamos descansar, mas nunca há descanso real para nosso corpo e nossa mente está submetida a todos os tipos de estímulos sensoriais.

Com os olhos bem abertos, conhecemos o mundo da forma que vemos, lemos, ouvimos. Criamos nossas crenças e ideais. Mudamos toda essa realidade a nossa volta. Como se fosse um sonho acordado (e por vezes, pesadelos!) , estamos vivendo o que aparece em nossas pequenas sensações. 


Nossos 5 sentidos que dão sentido a tudo mais. Nossa realidade é aquilo que acreditamos que seja a tal. Nossa percepção gira em torno de nosso mundo; o certo e o errado são ditos em coro, mas entendido subjetivamente por indivíduos pensantes.
Com os olhos fechados, estamos sonhando. Talvez. 

Estamos em um mundo onírico, onde o implausível pode se tornar verdade. Acontecimentos improváveis podem ocorrer. Onde talvez possamos voar, sem ter que comprar passagens de aviões ou decolar de Asa Delta.

Estamos em um mundo fantástico criado por nós mesmo, e muitas vezes sem o nosso devido controle. Sem a verdadeira noção de que aquilo que vivemos é um sonho. E não em raros momentos vivemos cenas tão reais, sentimentos tão fortes, que quando acordamos sentimos a perda daquele momento; Lamentamos por não ser a nossa "realidade".

Com os olhos bem abertos, talvez não visualizemos a realidade. Há tantas a venda. Vide que o mundo seu, posso ser tão parecido com o de outrem. Mudamos gostos e percepções para tentar entender as diferenças. Nosso ego nos limita em certas alturas. Nossa visão não enxerga muito além do horizonte que conhecemos como limite. Sonhos que dizem para nós que é sonho.

Será que sonhamos acordados? Será que nosso sonho é uma realidade? Claro que não. Talvez não. Porque seria?!...
Em alguns momentos temos a certeza de sonharmos, mesmo acordados. Em alguns momentos, em mercê ao mundo onírico que se cria e se destrói diariamente, no berço noturno de Morpheus, parece soar como um despertar;

Como se nosso subconsciente, o arquiteto oculto que desenha todo o cenário que vemos, estivesse nos avisando de algo.
Nosso mundo real não é tão real, a não ser para cada indivíduo que se inflige em senti-lo.

Em algum momento, nos sonhos, o próprio subconsciente, arquitetando cenas e mostrando nossas próprias ideias, quer apenas que acorde.
Com os olhos bem abertos, o subconsciente quer por vezes em meio a um mundo de fantasia, quer que abra os olhos.

De forma conotativa e ainda mais que do acredita que seja real. E seu segundo maior trabalho, que vai além de resguardar o corpo com o sono sagrado, é sabiamente fazê-lo "acordar"!
Acorde.