sábado, 18 de setembro de 2010

Correndo atrás de um sonho


Correndo atrás de um sonho. Correndo por causa dos sonhos.
Os pés juntos no chão, estão presos, impedindo chegar as nuvens.
O chão é quente e cheio de pedras pontiagudas.
Fugir do contraste, sentir o drama. Ser parte do que não gosta e alegrar a massa.
Que massa? Onde está a encefálica dessa massa?! Apenas mais um motivo para tentar voar.

Correndo atrás do sonho. Vida abstrata.
Ideologia voa pela janela. Sem demora, com pouca esperança.
O que sobra para amanhã é o almoço de hoje. Futuro abstrato.
Quase nada de preocupação. Só o mundo se desmoronando.
Cabe a alguém a arrumar, mas quem seria eu?

Vida moderna, corrida e estafante.
O que sobra do sonho de ontem. O que sobra de sonho para hoje.
O mundo é contínuo na sua mudança. A montanha persegue Maomé constantemente.
Até as nuvens estão mais perto do chão ultimamente. Nuvens negras!
Em busca de um ideal. Em busca contínua de quebrar os dogmas tão dogmáticos....

Tanto seu. Tanto mundo. Teus sonhos não se realizarão. Então, porque persistir?
É só para voar, é só tão somente só, para voar. Essas nuvens, esses sonhos.
Se não for por eles, se não por si, será por qual?
Abraça teus sonhos, não deixe voá-lo para longe. Deixa a insanidade ilógica tomar sentido.
Deixa teus sentidos tomarem a lógica. A razão absoluta é errônea e as certezas são reservadas aos seres oniscientes e perfeitos de suas percepções. Não seja essa perfeição, deixe ser e será.
Só mais um pouco de sono, mais um pouco de sonho.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Abraço a Minha Ignorância!

Eu abraço a minha ignorância, e porque não abraçaria?
Abdico da busca da perfeição e do encobrimento passivo dos defeitos.
Não me abstenho dos meus defeitos, não nego minhas imperfeições e ainda mais... Declaro-as!

Sou pessimista e impontual. Sofro dos horrores de multidões, por muito sou mesquinho e egoísta. Vivo dos opostos e paradoxos, talvez até um exemplo de ser do duplipensar.
A polaridade do humor muda de megalomania a distimia.

Eu escancaro uma vez por todas: meus ciúmes, minhas invejas e meus temores.
Meus medos mais medonhos, minhas incertezas, meus erros.
Abraço a minha limitação e a chamo para sair.
Confronto o personagem que se cria: a aparência boa e agradável que se deve ter na sociedade.

Meus fracassos na porta, minhas vergonhas nas janelas. 
Quero um outdoor para promover minha incompetência, minha preguiça, minha baixa auto-estima seguida do egocentrismo.

Se precisar canto minhas limitações. Grito minhas incapacidades, meu mau-humor e falta de paciência. 
Minto o mínimo, mas minto. Sempre chegarei atrasado, sempre! Não faço questão de parecer simpático, com sorrisos amarelos de piadas infames.

Recluso e desconfiado, às vezes até complacente. Vingativo, obsessivo, teimoso, rancoroso, vagabundo, orgulhoso, malicioso, cínico, ignorante. 
Poderia ser um tirano se dessem oportunidades.