terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mais uma luta.


A única coisa que você tem que fazer é lutar. Não importa.
Vai lutar mais que os golpes que desferir.
Vais lutar mais do que poderá agüentar.

Não existe perdedor ou vencedor. Só a luta.
Vais lutar mais do que poderá agüentar.

Tudo que for fazer é lutar. Independente do que faça, ou quem seja. A única opção será lutar. Seja com palavras, seja com a insanidade, só vais lutar.

Não te ensinarão a lutar, só o deixarão para que se cuide.
Não te dirão quando desistir, caberá você saber, o quanto quer lutar.

Não existe vencedor ou perdedor. Só existe a luta. Todos estão perdendo. Todos estão ganhando. Não existe oponente real, a única escolha que tem é lutar.
Vais lutar mais do que poderá agüentar.

A única  coisa que saberás, és que tens que lutar. Sem medalhas ou condolências, no fim só terás que lutar.
Vais lutar mais do que poderá agüentar.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Epílogo.



O ser humano talvez seja a única criatura que saiba o fim de todas as histórias.
Mesmo sem saber como e nem quando, mas ciente, prevalece a certeza absoluta que a história terá fim.

Criam-se estórias por dentro da história. Tentam preencher o dia com tamanhos pensamentos e novas ideias, só para não pensar no fim da história. E que moral tem essas histórias?

Se passa um segundo. O suficiente para entender o infinito.
O suficiente para entender o finito.
É o suficiente para não querer mais pensar nisso. Isso!

Basta saber, que os enredos todos são parecidos. Os vilões geralmente são os mesmos, mas com outros nomes. As ideias são quase as mesmas entre as histórias.

E o que mais preocupa esses personagens, é saber que não terão mais os prazeres fugazes, não terão mais a certeza da história. De expectador a plateia. De protagonista para a dúvida.

Não importa o nome do livro e muito menos a capa. Todos os fins são iguais. Só não se sabe quando e como será esse desfecho, esse sim é o grande “suspense”.

Preste atenção no epílogo e no epitáfio!
O fim da história. Transcendentalmente, o fim da história.

Raízes Negras.



Negro, meu passado é negro.
Olhe meus lábios e verá de onde vem.
Me pergunte de minha origem, meu mundo, limitado mundo.

Era só mais um pedaço de terra, só mais um navio no mar, mais um pouco de senzala...de lá pra cá, vai se algum tempo.

Meu passado é vermelho, como as pessoas que aqui estiveram e não estão mais, vermelho como sangue. Sangue que inundou e irrigou esse doce açucar, esse ouro reluzente.


Meu passado é branco, branco como o leite que nutriu minha infância aos dias de hoje. Branco como um pedaço do céu que já foi.  Branco como o "pó" que entra na mente perturbada. Um pouco da doçura de antes.

Olha para a minha origem, nada mais é do que uma confusão de cafuzos. Mamelucos malucos.
Talvez um pouco de farroupilha, um pouco de balaio, quiçá canudos. Mas são apenas origens, e que fim levou a história?

Olha essa raízes. São apenas raízes. Apenas sustentam o corpo. Elas apenas alimentam esse corpo. Tudo que fora, e tudo que se fez foi apenas por elas. São só raízes. Eternas raízes. Corte-as para morrer, pois são apenas raízes.
Não se esqueça de regar suas plantas...elas são só raízes.

Negras raízes, são só negras.

Meu próprio tempo

Sou um tempo que se esgota e só tenho essa existência para ser quem sou. Percebo que sou o meu próprio tempo, não o tempo dos relógios, sempre regular e homogêneo. Mas um tempo finito em que o presente só faz sentido em relação a um futuro, a um projetar-se que me revela como realizador de minha própria história, que realiza um sentido que eu mesmo escolhi como minha marca pessoal na história da humanidade.

*Josué Cândido da Silva é professor de filosofia da Universidade Estadual de Santa Cruz em Ilhéus (BA).

domingo, 29 de agosto de 2010

As vozes e o Mundo Bizarro!



Dentro desse crânio, jazem pensamentos. Nada harmonioso como jazz, mas um conflito caótico que tende ao equilíbrio destrutivo.

Uma das vozes pergunta:

“Porque escreves tanto? Espera que alguém leia?”.

E minha pessoa (talvez seja eu), retruca

– “Sou impelido nessa forma, e que não escrevendo me sinto estranho, bem mais que o habitual”

Outra voz entre no debate:

“Mas qual a razão de sua inquietação? Você não poderia ser um louco feliz ou um alienado recém-alimentado?”

- “Não sei, apenas sou dessa forma. E quando penso, talvez é porque eu exista e veja, não só com os órgãos, mas perceba também com o resultado das emoções e percepções no meu, muitas vezes querido, cérebro!”

E esse debate, acaba virando um “Brainstorm” com diversos candidatos aparecendo em formas de vozes, assim como aquela voz que aparece na sua mente, toda vez que lê um texto na internet...

Dentre tantos, entra a Voz nº3:

“Se não existe razão para tanto esforço, se não existe razão para existir, porque insistir?”

- “Insisto por ser o natural da vida. E se o esforço é tamanho e tão mal usado, talvez deva-se estudar uma forma de entender a real essência do que é e como utilizar o trabalho produtivo”

E as vozes inquietas persistem mais a noite quando todas as outras vozes normais se cessam.

A voz nº4:

“Porque se preocupa com o bem-estar social e o que mundo pensa e idealiza?”


- “Tento imaginar todas as possibilidades e o equilíbrio. Não imagino nunca a utopia, e não espero milagres. Mas sinto uma necessidade de ação que o atrito em que vivo, impede a minha inércia de mover livremente pelo ares. A sensação de estar livre, tantos dos conceitos velhos e ultrapassados quanto dos males inventados para nos limitarmos. Quero o Horizonte, como ele nasceu para ser. Quero um mundo melhor para mim e meus irmãos. Nada demais, e nem de menos. Quero que o impossível se torne o "mínimo", e que tenhamos um novo patamar para alcançar...pelo menos até tudo ser destruído novamente, nesse enorme ciclo de ocorrências e fatos que chama vida!”


"Talvez queira demais meu jovem, mais do que realmente possa conceber, mais do que realmente possa presenciar, nesse seu universo introspectivo e egocêntrico!"...Disse uma das vozes na confusão.


No final não se ouve a razão, mas só um rascunho da loucura. E a lógica que vi e confrontei comigo mesmo, nesses diálogos internos e inconsistentes é que nada tem muita lógica, mas existe uma lógica muito forte sobre isso! No mundo dos absurdos e paradoxos, o nosso pequeno grande universo se equilibra e se completa.

Como se vivêssemos em uma outra realidade, a realidade do “Mundo Bizarro”, onde tudo realmente faria sentido!



terça-feira, 24 de agosto de 2010

Um pouco de História! Jean de Léry e o velho Tupinambá.


Um momento interessante, onde um missionário Francês, Jean de Léry, debate questões simples sobre a ideologia que segue e no qual vive, com um "selvagem" do século XVI. Os tempos passaram, mas as idéias continuam a mesma.:

"Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan. Uma vez um perguntou-me: por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita, mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com seus cordões de algodão e suas plumas.

Retrucou o velho imediatamente: - e porventura precisais de muito? - Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. - Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, - acrescentando depois de bem compreender o que lhe dissera: - Mas esse homem tão rico de que me falais não morre? - Sim, disse eu, morre como os outros.

Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: - e quando morrem para quem fica o que deixam? - Para seus filhos, se os têm, respondi; na falta destes, para os irmãos ou parentes mais próximos. - Na verdade - continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo - agora vejo que vós maírs sois grande loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos, mas estamos certos de que depois de nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados (...)". 



Fonte: BUENO, Eduardo. Pau-Brasil. Ed Objetiva.

domingo, 22 de agosto de 2010

Visão do meu eu-lírico.



O eu é meu. Tão meu que pertence a tantos. Pode-se até dizer que geraria uma infindável roda-viva de processos de plágio!
Mas o meu eu-lírico vai contar como ele vê o mundo:

“Um dia, acordei  e não me reconheci no mundo.
Esse mundo de tantos mundos, me parecia estranho.

Um dia olhei para o espelho, e já não me reconhecia naquela imagem.
Era estranha a mim. Eu estranho. Meu lado estranho.
Percebi que os outros que vivem ao meu redor, não me estranhavam como eu mesmo me sentia estranho, foi quando olhei para eles, e percebi que não me reconheci na imagem que eles faziam de mim.
Gostaria de saber o que eles enxergam; gostaria de saber como se veem.

Tanta diferença. Tanta indiferença, igual para todos. Tantas mudanças, e tudo continua o mesmo desde o início.
Olhei para o mundo e não me reconheci nele. Muito barulho, muita bagunça...nada do que eu realmente seja, nesse caos ligeiramente desorganizado.


Somos cegos, sem perceber. Não enxergamos além de um palmo a nossa frente. Esse órgão minúsculo que percebe a luz e a transforma em impulsos elétricos encontra suas limitações. Essa percepção que criamos a partir do que vemos, encontra suas limitações. Suas limitações.

Queria fugir mais dessa realidade, queria que fosse uma realidade menos surreal. Nessa visão que se faz. O mundo que se reflete na ambição de cada um. O egoísmo desvairado, camuflado como “vontade de vencer”, sim... Sempre! A qualquer custo! Que custo tem tudo que vemos? Quanta custa o valor que damos as nossas imagens? A qualquer custo uma imagem.


Um dia olhei para o mundo e não me encontrei nele. Tinha me perdido, feito a esperança. Meu eu-lirico, não tem mais tanto lirismo. Meu eu, não é tanto meu como penso que é.
Certo dia (que tanto poderia ser noite) não me olhei mais, com medo de sempre não me reconhecer.


Agnóstico, olhei, e esperei. Esperei que algo fizesse sentido. Esperei que o sentido fizesse sentido. Esperei acreditar que tudo pudesse ter razão nas coisas que são. Esperei, mas não olhei mais.
Um dia olhei no espelho, e nada mais era reconhecido.
Um dia olhei para as pessoas ao meu redor, e esperei me reconhecer nelas.
Um dia, certo dia, como se fosse um pouco da noite, eu não enxerguei mais nada.”

O meu eu-lírico se despede, de forma excêntrica e totalmente translocado no seu verbo de ser.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Precisamos aprender: novos conceitos & velhas ideologias!


Ontem o índio velho, caçava e plantava para seu sustento. Vivia dessa forma, entre o ócio e a caça.
Quando vieram os “homens-bons”, foram chamados de vagabundos, e adequados a um novo tipo de trabalho. Aquele que dá lucro há alguém que explora a sua força.
Os tempos mudaram, mas a concepção do que é o trabalho e para que ele existe, continua a mesma...irretocável.

Não tem o “porque” de  mudar esse pensamento. Mesmo que o “homens-bons” de hoje criem e destruam aquilo que se julga sagrado a seu bel prazer: “ O sagrado trabalho”.
Viemos sem saber, vamos embora sem avisar, e nesse meio-tempo ouvimos o despertador tocar toda manhã para mais um dia de labutação. Sem se pensar no porque e como, só é assim e pronto.

A história é escrita pelos vencedores; no lugar do papel é a pele, e a tinta é escrita com sangue, de todos aqueles que foram extintos no decorrer da história. Os louvores de vitórias são cantados com os pés em cima de cadáveres. Os perdedores. The losers!
 

E toda a forma que nos faz pensar do que jeito que o mundo é.
Todas as formas que somos condicionados a viver, é perpetuado de pai para filho; e com um adicional na sub-espécie: O proletário. Aquele incumbido de dar a prole e criar a ciranda  de renda que farás os ricos mais ricos...quanto ao excedente, que more nas encostas de morro.
Continuamos a remar na correnteza de forma contrária. Somos diferenciados, pela etnia, pelo lugar onde nascemos em diversos níveis. Do bairro a aldeia global.

O controle que nos é dado, vem de cima para baixo. Adestrados como cães. Como se por acaso, não raciocinássemos.
Desde a antiguidade, os problemas da humanidade são os mesmos. Os problemas com a produção e a força de trabalho. O ócio produtivo em detrimento da mão-de-obra escrava.
Os tempos passaram, e todos os velhos conceitos e ideologias são reciclados e remanejados, sempre mudando de nome, mas persistindo da mesma forma.

Agora estamos vivendo junto com tecnologias que podem dividir o átomo em quarks, tecnologia capaz de unir nações em vídeo e voz em frações de segundos, tecnologia capaz de criar alimentação transgênica e fabricação de medicamento adequado que seja transmitido por células que otimizarão os efeitos....com os  mesmos conceitos que passaram da Grécia até os dias de hoje.

A evolução aparente em frente a forma limita de se ver o mundo. A mesma forma de sempre. Os mesmos moldes de sempre. O mundo que muda e continua o mesmo.
Precisamos ver os paradoxos que devem existir. Precisamos aprender a como utilizar o que é necessário e destruir o que não será útil. Precisamos saber que nem tudo o que falam que é bom, realmente é bom, e nem tudo que pintam como o “mal”, é realmente mal.

Precisamos aprender que necessitamos perceber melhor a tênue barreira que a realidade levanta toda manhã a nossa volta. Aprender que tudo que nos limita vem de nós, “importado” de velhos conceitos feitos para tal ato tão vil.
Precisamos aprender a entender o paradoxo de nossas vidas, de forma correta, pois ao que parece estamos vivendo no paradoxo, mas de forma contrária! Utilizamos uma miscelânea de ideologias, mas a parte que é criada dessa fusão de ideias, a melhor parte, é justamente descartada.   

domingo, 15 de agosto de 2010

Sob o julgo dos olhos.


Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Na expectativa de ser delimitado e condenado.
Os olhos que veem seus passos como errôneos.

Vêm com suas definições limitadas a te julgar.

Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Tudo o que faz, todos os seus movimentos estão sendo julgados.
Toda a forma de pensar, toda a sua forma de ser, está sendo julgado.
Sem sombra e sem voz.  Sempre na expectativa desses olhares.

Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Essa iminência de querer ser.
Essa vontade de ser livre, mas que está nos comentários e nos palcos das discussões.

Sua vida que parece um caos para aqueles olhos que julgam.

Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
A capacidade dos olhos que te julgam não é tão interessante.
A ideia que fabricam não é a das mais originais.
E você, essa criatura que se arrasta pelos cantos.

Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
Sob o julgo dos olhos.
É impossível entender o que esperam.
Difícil entender porque te moldam, e os olhares impertinente moldam a sua vida.
Tudo se molda.

A toda prova.
A toda prova.
A toda prova.
Só o que te espera é a  desconfiança. O tempo muda e as cobranças também.
O tempo passa e as ideias também...o que não muda é o eterno julgamento.
As ideias que não te conhecem e querem te moldar. Sempre.
Sob o julgo dos olhos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Politicagem.



Continuam procurando um líder para o país.
Continuam achando que exista alguém justo o suficiente e irremediavelmente incorruptível.
Continuam achando que quem faz a lei é o poder Legislativo, e que temos apenas que obedecer.
Continuam achando que não precisamos ter maior envolvimento com todas as situações sócio-políticas.

Procuram razões para camuflarem a predisposição em estar na inércia da comodidade.
Inventam desculpas, e apenas xingam aqueles que supostamente não foram ideais e não fizeram o suficiente.
Procuram sempre pregar voto nulo quando tudo está errado, se nulificando ainda mais do que estão nulificados na realidade.


Tentam idealizar os conceitos, tentam imaginar que talvez dê certo. Escolhem ao acaso, observam os erros e dão de ombros xingando, fazendo piadas altamente corrosivas....mas a inércia é a única constante.


Alguns tentam abrir os olhos da massa, mas acabam tão alienados quanto a massa que está tão alienada  que não consegue enxergar o motivo por que estão aqui ou quiçá acolá. A certeza é de estar certo só cai em outra forma de alienação.


Continuam achando que é tudo normal. Não tem jeito de arrumar. Mas acreditam no futuro e tem esperança que talvez melhore...e o amanhã acaba sempre sendo hoje, e o futuro acaba sendo prorrogado indefinidamente.

Continuam, sempre continuando, indefinidamente os mesmos conceitos repetidos em um ciclo indefinido e interminável de morosidade e aceitação.
Acham romântico o “poder para o povo”, mas sem praticidade. E quem acha romântico, se isola do “povo” por achar que sempre sabe mais e tem real consciência política de cima da torre de marfim.


Continuam esperando a pessoa ideal. Sempre esperam.
Continuam procurando um líder para o país. Sempre tem que ter um único “líder”, não?! Justo e praticamente onisciente de todas as necessidades. Das mais gritantes as mais periciais.

Continuam achando que exista alguém justo o suficiente e irremediavelmente incorruptível. Continuam sonhando em igualdade, quando quem pede igualdade, só fala da boca para fora.


Continuam achando que quem faz a lei é o poder Legislativo, e que temos apenas que obedecer. Porque a lei que é exercida pelo Executivo, e decidida a sua ação pelo poder Judiciário,  e é sempre uma lei imutável, e que é necessário acatar as leis sem dialogar sobre as mesmas.

Continuam achando que não precisamos ter maior envolvimento com todas as situações sócio-políticas. Porque quem resolve são aqueles em que escolhemos para serem justos e incorruptíveis e achando ruim esses mesmo seres imaculados serem expostos sem as máscaras. E os mesmo que sempre souberem das falhas dos seres políticos, nada fazem além de tocar as feridas.


Continuam achando. Continuam na mesma definição. Continuamos alienados e amarrados a mesma força cíclica da colônia, da era medieval....a mesma ideia da Grécia , os mesmos conceitos da era paleolítica...e evoluímos milímetros!   Por todas as cabeças que pensam e vivem...só evoluímos alguns milímetros.



Pare e Perceba. (Ou não)



Pare.
No caminho haverá diversos traumas.
Razões que a própria razão desconfia.
As dificuldades estarão aí, para todo o sempre, para que você nunca se esqueça.
E no café da manhã: Uma xícara de sede.


Perceba.
Todas as guerras foram travadas, e ninguém ganhou no final.
O medo que se tem da morte, é só um apego maior e o medo de perder o que se conhece.
O Sol sempre se põe. O dia sempre acaba, e essa beleza se perde e renasce todos os dias.
E no almoço: Um prato de fome.


Entenda.
O ídolo que espera não vêm. O ícone em que se espelha, não é o que aparenta ser.
Sempre em busca de um ideal. O ideal é inexistente. Tenha Fé, mas ele simplesmente não o é.
Abrace a sua imperfeição e aceite as imperfeições de todos e tente ser feliz.
O mundo ideal só existe nos seus anseios. Entenda tudo que lhe envolve, e entenda a possibilidade do que é realmente impossível.
E no chá da tarde: Um pedaço de indiferença.


Pare.
Não é como você sonhou. A espera não adiantou de muita coisa.
A ajuda esqueceu-se de ajudar. Cuspa esse catarro, mas evite atingir sua dignidade.
A visão que tens do mundo é seu passaporte para uma ilha.
Enquanto o maremoto não atingir sua ilha. Enquanto puder viver com um pouco de comodidade.
Tudo está bom enquanto puder viver do melhor jeito possível.
E no jantar: 2 porções de ódio.


Perceba.
O mundo ainda gira. Não tem como pará-lo.
As ideias continuam. A vida segue mesmo sem você querer.
E dentro dessa caixa invisível que é seu mundo, você não enxerga nada além do óbvio.
Além dessa idade, não vive mais do que o necessário. Tudo parece bem, então tudo está bom.
Seu limite é o que te definem. Suas ideias são os seus horizontes. Até onde pode enxergar?
Em torno do seu medo, estão todos os outros sentimentos. Em volta dos seus dogmas, reina o impossível.
Ainda há tempo para acordar. Ainda tem tempo para ter tempo. Seja breve. E não pare.
E na ceia: 4 frutas podres e uma tigela de infelicidade.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Só um pensamento.


Faz tudo parte de um pensamento, ou melhor, vários pensamentos...mas na essência é apenas uma junção de sinapses, um impulso eletroquímico, apenas um pensamento.
Todo isso que gira em sua volta, todas as concepções do que se torna sua realidade. Toda a intenção que se torna naquilo que idealiza. Não é “força do pensamento”, não é “positivismo”. É simplesmente o pensamento. Puro e simples.

Cria não só a sua percepção como tudo que te rodeia. As casas, os carros, as roupas, a forma como se alimenta, até a água que sai de maneira mágica da torneira. Puro pensamento. O que mudou do ato de pensar para a sua criação, foi um pouco da força de vontade. Correção de erros. Tentativas e mais pensamentos.

Esses dogmas, essas ideologias...todos os poemas. De tudo que é bom ou ruim, sai de uma caixa craniana. Se forma a partir das ações de neurônios e sua interação com os axônios. Pensamentos. Forma química, apenas algumas moléculas que se tornam células....coisa minúscula que modifica o mundo, mais rápido que a rotação da terra.

Tudo que temos, na forma mais intrínseca, vem de nós. O pensamento puro. O que fazer com ele, já se torna um questionamento mais profundo. O que seguir? Qual regra se habituar? Qual ideologia o definirá ? Quais serão seus limites? O que se permitira fazer? Porque de tantas perguntas?

A leve concepção de tudo que queremos se visualiza por um momento na nossa mente. A intenção de criar ou destruir aparece como desenho animado em vossa cabeça. A imaginação e os sonhos em todas as possibilidades, se cria e morre indefinidamente nesse velho encéfalo.

O que limitará a sua imaginação? Porque seguirá restritamente alguma ideologia? Porque se adequar a uma sistemática de forma automática? Quem sabe....talvez ninguém queira acordar dos sonhos acordados, esperando sempre pela noite e ver a verdadeira “realidade” dormindo!


terça-feira, 3 de agosto de 2010

A escravidão melhorou muito!


A escravidão melhorou muito desde daquele tempo.
brancos acriolados, cafuzos confusos, caboclos em blocos...tem até colonos que sobraram dos tempos feudais.


Sangue misturado dentro do liquidificador, que misturou bem, sem destruir as hemácias e a forma do plasma. Mas as células gritarem...Oh, como gritaram!

Mas como havia dizendo...a escravidão melhorou muito com o tempo. Assinaram papéis em cartório dizendo que somos humanos, dão até salários agora.

Hoje não tem mais chibatada no tronco, e o coro descansa mais sem o sangue escorrendo. Para a gente se divertir, tem TV de qualidade para entreter e ensinar. Até criaram escolas para deixarmos nossos filhos e talvez os mesmos possam até aprender como é bom trabalhar com a gente.

Nossa casa no morro nada lembra a senzala, os porões sujos ...Temos a visão do mar, temos a visão do horizonte sem fim, temos a visão que vemos tudo de
cima  para baixo. Sim, pelo menos na ilusão da arquitetura que desafia essa tal de lei de gravidade.

A escravidão não é como antigamente, pois agora, dizem que somos importantes, e até pedem nossa opinião a cada 3 a 4 anos, ou quando querem que a gente compre algo de alguma empresa. Pesquisa de opinião é o que dizem. Somos importantes pois temos um pouco do que eles querem no bolso.

Mas tem aqueles que tem sangue bom, sangue azul...nobreza até no nome. Eles herdaram as senzalas, e hoje até as senzalas novas são deles...bonitas por sinal, muito bonitas!
E o pior é que eles fazem quase tudo sem querer, nem percebem a força dos golpes que disferem...não se importam em saber, mas que culpa tem eles?

E aos meus irmãos que aqui vivem, que sonham em se tornar como um deles, vivendo em seu palácio e bebendo champagne, será que pensariam diferente de agora? O sonho é estar ali e ser um deles! Um nobre de sangue azul, que não se importa...não, não se importam, pobres coitados.

O paradoxo do vírus.


Como parasitas, os vírus provocam muitas doenças nos seres vivos. Ao invadirem as células de um indivíduo, eles prejudicam o funcionamento normal dessas células e, consequentemente, provocam doenças.

Mas eles não vivem sozinhos, necessitam de um organismo para viver. Necessitam da comida que esse organismo dispõe, da água, e dos nutrientes. Não consegue viver sem parasitar esse organismo.

Vivem para fazer o mal a esse organismo. Uma vida contraditória, que para viver, eles destroem aquilo que o mantém vivo. Destroem sua “casa”, aquilo que os mantém vivos e felizes. Sem o organismo eles morrem, então porque vivem dessa forma? Vida banal, motivos estranhos e absurdamente abstratos.

Vivem e nascem predestinados a destruir aquilo que os mantém, o organismo que os alimenta, que sacia sua sede e que lhe dá um lar. Então, porque existem? Apenas para incomodar? Jeito estranho e complexo de existir...e alguns cientistas nem sabe dizer se são seres vivos...“Vivos”....até matarem aquele que o alimentam.

Nem tanta revolução.



Não, nem tanto de revolução,
O que eu quero mais, é menos confusão!
Sem ditadores e falsos formadores de opinião!

Sem demagogia e sem dedo de religião.
Moralismo esdrúxulo e sem razão.
O que eu quero mesmo, é que mostrem uma luz nessa escuridão.

Para que, fazer tanta revolução?
Cheios de idealismos, vivem sem o pé no chão.
Cheios de conceitos, e sabedoria que refletem na alienação.

A certeza de estar certo é sempre uma presença nessa imensidão.
A força que corrompe é a mesma que enfrentam no começo da revolução.
Pensam que mudarão o mundo, mas não mudam quem são.

Para que tanta revolução?
Tanta bagunça, tanta confusão.
O que eu queria mesmo, era assistir uma evolução!

domingo, 1 de agosto de 2010

Tem dias que é difícil dormir.


Tem dias que não dá vontade de dormir.
Tem noites que não dá vontade de acordar.
O que acontece com o tempo?


Seu silêncio é surdo, não ouve ninguém. Seu silêncio é quieto, não incomoda ninguém.
De vez em nunca, ele aparece ensurdecedor, e incomoda o pouco de barulho que resta na casa.
Só fala o necessário, que muitas das vezes não chega a ser realmente necessário.
Fala apenas por conveniência, ou quando perturbado.


O que incomoda não é o barulho, mas detesta todo o silêncio.
O que incomoda não é o silêncio, mas o vazio de algumas canções.
As vozes da TV lhe fazem companhia, as vozes das músicas lhe fazem imaginar:
Que a quebra desse silêncio poderia virar música, e lhe fazer ser menos quieto.


Seu silêncio surdo e ensurdecedor, não ouve ninguém.
Seu silêncio incomoda de tão quieto, de vez em nunca chamam sua atenção por ser tão quieto.
Fala apenas quando perturbado, e quando menos se espera, por conveniência.
O mundo é um lugar estranho, cheio de gente estranha, não é?
E o mais difícil, é entender. Para isso criou-se o silêncio, já que o tempo não para, poderiam te dar um tempo para pensar sobre, com o silêncio.


Tem noites que é difícil dormir,
Tem dias que é um martírio para acordar.
Quanto tempo faz? Não sei, mas o tempo se perdeu junto com esse silêncio besta.
E aquelas caras de reprovação...nunca saem da sua cabeça!