quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Horizonte Cinza



O bem e o mal ; o que é ser bom? Fazer jus ao ser divino e esperar a recompensa divina?
O que é ser mal ? Cometer crimes, cometer pecados, ou simplesmente ser omisso a quem precisa de ajuda?

A distinção dessa harmonia errante de sentimentos é quase pessoal, quando não imposta pelo consenso : seja religioso, seja legislativo ou até cultural.

Mas existe a impressão dada a muitos que existe um bem maior, seria errado pensar assim? Não, o bem é bom e o mal é ruim. Mas e quando se descobre que o seu bem, talvez seja ruim para outrem ..."o seu bem" seria realmente o bem que devesse alcançar?

O que ocorre muito quando se vive com outros seres pensantes no mesmo planeta, na mesma dimensão e disputando a mesma vaga de emprego ou na faculdade pública. O bem sempre vence. Agora tem que se definir qual o bem que deve prevalecer.

No que influi suas ações : seja hereditariedade, conflitos psicológicos ou ambiente em que cresceu, pode criar desde um psicopata a um samaritano com coração de freira.
A origem e as causas são o mal ou fim proposto do que seria "ruim" é o mal? Qual é o bem e o mal que levas em conta?

O yang e o yung, seja Deus e Lúcifer, seja Hórus e Seth ou qualquer pensamento ou filosofia que siga, que indique um equilíbrio entre bem e o mal, num confronto paradoxal de vertente, qualquer outra referência que transcenda esse valor.
Ainda sim, nem tudo parece ser tão claro como as nuvens (quais nuvens?).

Parece não haver o "preto e branco", o valor real do que é mal ou bom. Tudo depende da visão. Dos EUA ao Afeganistão, quem é o mocinho e o vilão? Tudo parece cinza ....o horizonte parece todo cinza, sem distinções de preto e branco ...bom ou mal, só o cinza tomando o tom das cores.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Deus Está Morto

“ Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste ato não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu ato mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até hoje!”

— NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Apenas mais um macaquinho




Apenas mais um macaquinho, pulando de árvore em árvore, comendo banana e se masturbando, brincando com o rabo da onça e correndo para não ser pego. Uma visão diferente do que temos na vida... Nada que o discovery channel não deixa de apresentar a nossa imaginação.

Mas o que tem demais nesses animaizinhos irracionais? Talvez nada, mas eu venderia (alma capitalista) meus 2% de DNA que me fazem diferente desses primatas ou até doaria para algum fundamentalista religioso ou eugenista skin head, que se acha mais "homem" que outras pessoas: seja pela cor da pele, religião, sexo ou nacionalidade.

Eu poderia viver grudado em galhos. Mas também tem os golfinhos e as baleias em seu mar imenso e petrolífero. Cetáceos inteligentes, mas que não constroem prédios, hospitais, escolas ou igrejas.

Não invadem países vizinhos, não enforcam pessoas de outra cor e nem estudam matemática. Pobres criaturas...
Tão ignorantes, não conseguem montar um carro, nem mesmo um arpão (o que geralmente fazemos para atracá-los em suas costas) ou uma pistola automática.

São apenas animais que vivem comendo, dormindo, em bandos ou sozinhos, se agrupando sem se remoer sobre psicanálise freudiana, filosofia niilista, ou teoremas sobre cálculos de matemática quântica.

O que lhes interessa é o oxigênio, depois água, comida e um domínio. A razão da vida talvez não seja um mistério para esses animais ignorantes... Sem tecnologia ou razões pseudo-importantes no dia-a-dia, eles (animais bestiais) sem assistir tv ou atender Iphone, talvez entendam a razão primordial da existência que muitos nem tentam compreender ou usam de subterfúgios para não pensar a respeito.

Animais ignorantes: vivem se escondendo por trás de máscaras e refúgios por dentro de mentes vazias e pretensas racionais.
Animais bestiais: feras perdidas no meio de guerras de egos e razões privativas.

Criaturas, pobres coitadas... Em cima de árvores ou dentro do mar, vivendo como se fossem parte dessa natureza, como se soubessem instintivamente o valor da vida. Pobres animais, tão certos em suas existências...




Apenas mais um macaquinho, pulando de árvore em árvore, comendo banana e se masturbando, brincando com o rabo da onça e correndo para não ser pego. Uma visão diferente do que temos na vida... Nada que o discovery channel não deixa de apresentar a nossa imaginação.

Mas o que tem demais nesses animaizinhos irracionais? Talvez nada, mas eu venderia (alma capitalista) meus 2% de DNA que me fazem diferente desses primatas ou até doaria para algum fundamentalista religioso ou eugenista skin head, que se acha mais "homem" que outras pessoas: seja pela cor da pele, religião, sexo ou nacionalidade.

Eu poderia viver grudado em galhos. Mas também tem os golfinhos e as baleias em seu mar imenso e petrolífero. Cetáceos inteligentes, mas que não constroem prédios, hospitais, escolas ou igrejas.

Não invadem países vizinhos, não enforcam pessoas de outra cor e nem estudam matemática. Pobres criaturas...
Tão ignorantes, não conseguem montar um carro, nem mesmo um arpão (o que geralmente fazemos para atracá-los em suas costas) ou uma pistola automática.

São apenas animais que vivem comendo, dormindo, em bandos ou sozinhos, se agrupando sem se remoer sobre psicanálise freudiana, filosofia niilista, ou teoremas sobre cálculos de matemática quântica.

O que lhes interessa é o oxigênio, depois água, comida e um domínio. A razão da vida talvez não seja um mistério para esses animais ignorantes... Sem tecnologia ou razões pseudo-importantes no dia-a-dia, eles (animais bestiais) sem assistir tv ou atender Iphone, talvez entendam a razão primordial da existência que muitos nem tentam compreender ou usam de subterfúgios para não pensar a respeito.

Animais ignorantes: vivem se escondendo por trás de máscaras e refúgios por dentro de mentes vazias e pretensas racionais.
Animais bestiais: feras perdidas no meio de guerras de egos e razões privativas.

Criaturas, pobres coitadas... Em cima de árvores ou dentro do mar, vivendo como se fossem parte dessa natureza, como se soubessem instintivamente o valor da vida. Pobres animais, tão certos em suas existências...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Coração Partido


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Existem tantas canções e poemas de amor, falando de coração partido.
Já foi dito tanto, e ainda sim, continuam a escrever mais.
Parece que já disseram tudo sobre os males do amor, mas sempre tem mais.
Apesar de tanta poesia e lirismo, eu gostaria de contribuir, deixar um pouco de mim... Com imperfeições e sem rimas.

Viver outros sonhos... Criar novas esperanças, esquecer dos planos de médio-prazo.
Esquecer as declarações de amor, a alegria de encontrar a cara-metade, ou a metade da cara.
Dos suspiros na cama, do cabelo jogado no rosto, quase sufocando no leito. Ao acordar, imagina que fará parte de um cotidiano quase fictício, existente apenas em romances e novelas.

Esquecer o coração que de tão partido parece parar aos poucos, esquecer o cheiro que tanto passeou pelas lembranças. Esquecer a alegria, que existia mesmo na espera infindável na porta do shopping.
Esquecer os sonhos e os planos. Elaborar outra vida. Esquecer as pequenas brigas pelos e-mails, a voz incessante ao telefone, e o meu tom sempre mudo.

Esquecer a felicidade que pensará ser imaginária, parecer tolo com um sorriso tosco no rosto. Ha, que rapaz feliz, contraria toda sua complexidade pessoal. E o mundo com seus eternos problemas, não parecia mais tão triste. Apesar de toda a poluição no horizonte, as nuvens cinzas pareciam claras como algodão. As pessoas pareciam mais interessantes e a vida mais empolgante.

Mas como tudo que deveria começar e acabar mostrou seu propósito. Corações partidos, espíritos e sonhos mortos, mundo triste e nuvens sempre cinza. Como tudo que leva a acabar sem ao menos dizer: "Qual a razão de tudo isso?”

A história acaba tão abruptamente como começou, e os sonhos volta para seu universo onírico, para nunca mais voltar.
Como se pode remendar um coração partidoT?